um homem que levanta o próprio peso no supino
e desaba, ofegante, fodido por uma buceta
sou a alma que caminha, sozinha,
à meia-noite vazia da cidade
e deseja evaporar
sofrer uma mudança metafísica de estado
subir e desaparecer no ar
como a fumaça do meu cigarro
um sacizeiro me pede um real
desespero e vício encarnados
lhe dou três carltons
e ele me abraça como a um velho amigo
o sacizeiro vai embora feliz, e eu, vivo
após mais um encontro com a morte e a poesia
nunca encontrará o real prazer
quem vacilar diante da vida
viver é chupar a buceta de uma puta recém-fodida
. poema inspirado pela leitura de "O amor é um cão dos diabos", de Charles Bukowsky. observação: sacizeiro é uma gíria utilizada em Salvador para designar os fumadores de crack e remete ao saci, personagem folclórico que aparece sempre retratado com um cachimbo à boca.
2 comentários:
Namoral amigo, esse final foi nojento!!!!! Inhecate!!!
Dia 18 to ai viu!!!
Bjo bjo bjo
A cidade é dos sacizeiros.
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